ONEYDA ALVARENGA - 100 ANOS
Era filha de Orpheu Rodrigues de Alvarenga e de Maria Paoliello de Alvarenga. Foi, por sua mãe, sobrinha neta de Cesário Cecílio de Assis Coimbra e prima em 1º grau do, também, poeta, Domingos Paoliello.
Especializou-se em crítica musical sendo uma grande referência na documentação da origem e do folclore da música Brasileira.
Diplomou-se em Piano pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, em 1934, instituição na qual um de seus criadores e catedráticos, o poeta Wenceslau de Queiroz, apos a sua morte, foi sucedido por seu ex-aluno de estetica, Mário de Andrade, que viria a ser o grande mentor de Oneida.
Foi aluna e colaboradora próxima de Mário de Andrade em suas investigações sobre a música popular em sua perspectiva antropológica contemporânea.
Oneida tinha enfoque etnográfico com visão romântica da cultura popular e uma perspectiva generosa da sua autenticidade na construção de formas estéticas.
Manoel Bandeira, em 1934, tornou público os versos de Oneyda e em 1938 ela publicou a seleção de poemas, "A Menina Boba".
Frequentou, ainda em 1934, as aulas sobre etnografia e folclore ministradas pelo casal Dinah e Claude Lévi-Strauss, sob os auspícios do Departamento de Cultura de São Paulo.
Em 1935, a convite de Mario de Andrade, tornou-se diretora da Discoteca Pública de São Paulo e foi uma das fundadoras, da hoje extinta Sociedade de Etnografia e Folclore, por ele criada.
Foi membro do Conselho Nacional do Folclore - do Ministerio da Educação e Cultura; membro, desde a sua fundação, do Comite Executivo da Association Internationale de Bibliotheques de Paris, como representante da America Latina e membro correspondente da International Music Council de Londres.
Em 1945 foi laureada com o Premio Fabio Prado, pelo seu livro Música Popular Brasileira e recebeu em 1958, a Medalha Sylvio Romero por relevantes serviços prestados ao folclore brasileiro.
Realizou palestras em congressos Internacionais sobre a música brasileira, além de artigos e ensaios publicados na imprensa especializada.
Foi responsável pela organização e publicação dos trabalhos de Mário de Andrade após a sua morte.
A Prefeitura Municipal de São Paulo, homenageando Oneyda, deu o seu nome a uma das ruas da capital paulista e a Discoteca do Centro Cultural São Paulo, também, recebeu seu nome.
Obras
Cateretês do sul de Minas Gerais publicado em 1937 Comentários e alguns contos e danças do Brasil publicado em 1941
A influência negra na música brasileira publicado em 1946
Música popular brasileira publicado em 1945
Mário de Andrade, um pouco
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